Muito se fala da dificuldade da inovação nos pequenos negócios. Ao mesmo tempo, outra corrente afirma que a inovação de fato acontece na pequena empresa em decorrência de sua flexibilidade e velocidade de fazer acontecer. Temos exemplos em diversos setores da inovação, com simplicidade e baixo custo, ocorrendo na pequena empresa.
Para que a empresa seja inovadora, três fatores são relevantes:
1º) Existência de recursos humanos qualificados na pequena empresa – Gente é a diferença! Não é atoa que a Lei de Inovação prevê mais interação entre pesquisador e empresário. A ideia é colocar especialistas tarimbados dentro da empresa. É fundamental fazer chegar estes recursos humanos qualificados nas pequenas empresas.
2º) Acesso a serviços tecnológicos – Para as pequenas empresas, ter capacidade laboratorial própria é financeiramente inviável. A experiência do Sebraetec – programa que facilita o acesso à inovação pela MPE – e as diversas iniciativas do Governo Federal precisam ser mais utilizados e atuarem de forma convergente e complementarmente. O uso de serviços tecnológicos, aproveitando a infraestrutura de laboratórios e instituições de ciência e tecnologia, podem dar um salto qualitativo na capacidade inovadora dos pequenos negócios. O desafio é articular e fazer chegar.
3º) Crédito – É preciso disponibilizar recursos para que as empresas tenham capacidade de investir em inovação, pois envolve risco e necessidade de investimento. Neste caso, o mix subvenção econômica e crédito, disponível para as empresas de forma simplificada e ágil, faz a diferença.
O Brasil não pode esperar mais que as MPEs realmente invistam em inovação. Daí a importância das conversações entre Sebrae, CNPq, Finep e BNDES para criar uma ambiência institucional que faça chegar estes mecanismos de apoio à inovação nos pequenos negócios.